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11/12/2021

A Cebola


A origem da cebola

Não se sabe ao certo a origem da cebola. Diferente dos animais ao se decompor, a cebola e outros vegetais praticamente não deixam rastros, então é muito difícil dizer ao certo onde ela surgiu primeiro.

De acordo com relatos encontrados em manuscritos, livros e pinturas, acredita-se que inicialmente ela tenha crescido de maneira selvagem em diversas regiões do mundo e tenha sido cultivada inicialmente há cerca de cinco mil anos na Índia e China, posteriormente na região do atual Irã e, a partir dali, levada para toda a Europa e África.

Existem também relatos sobre sua presença em civilizações desde 3.500 anos a.C. Esse vegetal era realmente adorado pelos egípcios, tanto que é possível identificá-lo nas pinturas dentro das pirâmides e em suas tumbas. Já na Índia a cebola foi descrita como medicamento natural.

Por sua facilidade de cultivo e transporte e por não serem tão perecíveis quanto outros vegetais, acredita-se que seja uma das culturas mais antigas que existem no mundo.

A cebola foi trazida ao Brasil pelos colonizadores portugueses, principalmente pelos açorianos.

O cultivo da cebola aqui no país tem importante papel socioeconômico, gerando emprego e renda, principalmente quando olhamos para os produtores familiares. O Brasil é o maior produtor de cebola da América Latina mas fica muito atrás dos maiores produtores mundiais: China, Índia e Estados Unidos.

As variedades de cebola mais conhecidas

A cebola é um vegetal bastante versátil, utilizada como tempero, entrada ou acompanhamento, misturada na salada, base para caldos e sopas e tantas outras preparações.

Conhecer seus diferentes tipos pode ser interessante na hora de escolher os ingredientes e dar ainda mais sabor ao prato. Diferentes tipos de cortes podem também agregar sabor e harmonia à preparação.

Cebola amarela ou pera – é o tipo mais comum na mesa do brasileiro. É aquela de casca marrom amarelada, disponível em qualquer mercado ou quitanda. Possui sabor intenso e ácido. Ótima opção para quase tudo: carnes assadas (aves, bovino, suíno, peixes, etc.), refogados, suflês e base de caldos, sopas e molhos. Só não é muito gostosa crua, pelo sabor intenso. Pesa de 70 a 200g ou mais. Tamanho médio: 120g.

Cebola roxa – sabor mais suave e bem menos ácido, muito boa para ser consumida crua em saladas, sanduíches, ceviches, pokes e vinagretes. Possui sabor bastante agradável quando caramelizada. Pesa de 80 a 200g ou mais. Tamanho médio: 100g.

Cebola branca – de casca bem branca, possui sabor mais forte. Boa pedida para quando se quer deixar o sabor da cebola acentuado no molho ou no refogado. Bastante utilizada no preparo de molhos como chutney. Pesa de 70 a 160g ou mais. Tamanho médio: 110g.

Cebola pérola ou cebola bebê ou baby – cebola miúda e bem redonda, de sabor delicado e adocicado, bastante usada para fazer compotas. Ótima opção para assar ou caramelizar e acompanhar carnes, ou para assar junto com vegetais e legumes. Peso médio de 30 a 50g.

Chalota – é aquela cebola pequenina e comprida. Versão mais suave e menos ácida de todas. Fica ainda mais adocicada quando caramelizada. Ótima para fazer vinagretes e compotas. Pouco encontrada no Brasil e bastante comum na culinária francesa. Pesa de 25 a 60g ou mais. Tamanho médio: 40g.

Cebola vidália ou doce - de aparência bastante similar à cebola amarela, possui sabor mais suave e bastante água em sua composição. Na verdade não possui mais açúcar em sua composição, e sim menos compostos que lhes dão gosto ácido, então temos a falsa sensação de que é mais doce. É a mais usada para fazer os anéis de cebola empanados (onion rings) ou tempurá. Boa opção para fazer sopas e para assar com legumes e vegetais. Tamanho médio: 1lb ou 453,59g.

Cebola gigante – somente a título de curiosidade, pois não é cultivada nem encontrada nos mercados e quitandas do país. É uma cebola realmente grande, com diâmetro mínimo de 10cm. Ela é importada da Espanha e Chile e preparada por uma rede de restaurantes aqui do Brasil que a serve empanada, como aperitivo. Tamanho: 500g ou mais.

 

Aspectos nutricionais das cebolas em geral

Alimento bem pouco calórico, contém até 95% de água e o restante é composto por fibras, vitaminas do complexo B e C, cálcio, potássio, manganês e outros minerais e compostos ativos como a quercetina e antocianinas, que são antioxidantes que contribuem para o funcionamento adequado dos nossos órgãos e possuem também efeito protetor contra doenças cardiovasculares, por exemplo.

Em 100g de cebola temos: 39kcal, 8,9g de carboidratos, 1,7g de proteínas, 0,1g de gorduras e 2,2g de fibra alimentar.

Importante dizer também que a cebola é rica em FODMAP, que são carboidratos encontrados em diversos alimentos e que algumas pessoas podem ter dificuldade em digerir, fermentando no intestino e causando desconforto e distensão abdominal.

 

Como comprar e dicas de armazenamento das cebolas

Na hora de comprar escolha aquelas sem pontas murchas, sem machucados ou partes amolecidas e com casca mais brilhante.

O melhor lugar para armazená-las é fora da geladeira, mas você pode também picar uma grande quantidade e congelar. Na hora de usar, ela vai direto para a panela com azeite ou óleo quente.

 

Curiosidades sobre as cebolas

Quando a cebola é cortada, ocorrem reações químicas que formam um composto que contém enxofre, chamado sulfóxido de tiopropanal, conhecido como gás da lágrima.

Com base nisso, uma dica boa para cortar cebola sem chorar tanto é colocá-la na geladeira por umas duas horas antes de cortar. Isso desacelera a reação química que produz o gás da lágrima e reduz também sua pressão de saída (demora mais tempo para o gás sair da cebola e entrar em contato com os olhos). Outra dica simples, mas nada fácil, é aprender a cortar cebola com mais rapidez, como os chefs de cozinha, diminuindo o tempo para que os vapores irritantes incomodem muito os seus olhos.


Para diminuir  ‘o ardido’ da cebola e poder servi-la crua, pique-a em rodelas finas ou como preferir, e deixe de molho em água gelada por pelo menos 10 minutos. Depois é só lavar, escorrer e servir.


Receitas com cebola

Aqui na Tarimba na Cozinha, 55% das receitas têm alguma variedade de cebola em seus ingredientes. Isso é uma presença maior do que a do ovo, por exemplo, que está atualmente em 35% das nossas receitas. Que tal testar a busca de receitas com cebola em nossa sessão ENCONTRE RECEITAS?



Sobre a autora: Luisa Mascarenhas é Nutricionista (CRN 26381)


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Imagem: Tarimba na Cozinha



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