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Voltar19/08/2022
Existem diversas hipóteses
sobre a origem dessa leguminosa e o início da sua
produção. O ponto em comum
dessas hipóteses é que os centros primários estão nas Américas (região
mesoamericana: sudeste dos Estados Unidos, Panamá, México, Guatemala, e nas
regiões sul e norte dos Andes).
Os principais produtores de
feijão no mundo são Mianmar, Índia, Brasil, China, Tanzânia, Uganda, Estados
Unidos, México, Quênia e Burundi.
No Brasil, o Paraná, junto
com Minas Gerais e Bahia, produzem cerca de metade da produção nacional.
Essa leguminosa possui grande
importância econômica e social no país. Além do valor nutricional em si, ela é
uma alternativa de plantio para pequenos produtores e também para quem não
possui mão de obra qualificada.
Segundo o IBGE, 70% dos
alimentos produzidos no país vêm da agricultura familiar.
O feijão é um dos componentes
da cesta básica. Alimento muito versátil e uma das principais fontes de
proteínas na dieta do brasileiro, além de excelente fonte de energia (carboidrato),
ferro, vitaminas e minerais, assunto que irei abordar abaixo.
Os índios já consumiam feijão com pouco caldo, misturado geralmente com farinha, pimenta e carne. O arroz que conhecemos hoje foi trazido pelos portugueses mas acredita-se que a mistura dele com feijão, que consumimos hoje, surgiu somente no final da primeira década de 1800, com a chegada de D. João VI, que introduziu o arroz na alimentação dos soldados.
Em 100g de feijão: 76,4kcal, 13,6g
de carboidratos, 4,8g de proteínas, 0,5g de gorduras e 8,5g de fibra alimentar.
O feijão é um alimento
bastante nutritivo, rico em ferro, proteínas, cálcio, magnésio e outros
minerais, além de ser um ótimo carboidrato, rico em fibras.
Por ser fonte de ferro, ajuda
a prevenir anemia ferropriva e para sua melhor absorção devemos combinar sua
ingestão com alguma fonte de vitamina C, que pode ser um suco de limão,
morango, acerola, laranja ou comer essas frutas na sobremesa ou mesmo junto com
a comida (se você gostar).
Por ser rico em fibras
solúveis e insolúveis, aumenta a sensação de saciedade e também contribui para
um bom funcionamento do intestino, a manter a glicemia equilibrada e a reduzir
os níveis de colesterol LDL no sangue.
Apesar do seu consumo estar associado
a inúmeros benefícios à saúde, a sua ingestão também pode ter efeitos
desagradáveis, como aumento de produção de gases intestinais. Isso ocorre
porque possui alguns compostos que o organismo não é capaz de digerir e que acabam
fermentando no intestino grosso, causando gases e desconforto abdominal. Além
disso, podem apresentar substâncias tóxicas, em maiores ou menores
concentrações, a depender do tipo do feijão, e caso ele esteja cru ou mal cozido, pode causar
náuseas, vômitos e dores abdominais.
Para seu consumo ser seguro,
mais agradável e os minerais mais bem aproveitados e absorvidos, é recomendado
fazer o remolho. Deixar o feijão de molho em água por pelo menos 12h, lavar e
trocar a água por pelo menos uma vez durante esse período, ajuda a reduzir os
gases causados pelos compostos não digeridos como também reduz os taninos e
fitatos, conhecidos como antinutrientes, que atrapalham a absorção de alguns
nutrientes do alimento.
A clássica combinação de
arroz com feijão, além de ser muito saborosa, é nutricionalmente muito
interessante. A composição de um alimento complementa idealmente o outro,
formando assim uma excelente fonte de proteína, muito semelhante à carne.
Aqui na Tarimba na Cozinha temos ainda várias receitas com feijão, como a nossa celebrada feijoada caseira, o clássico cassoulet de Toulouse, também chamado de feijoada dos franceses, feita com o feijão branco, com o qual preparamos o nosso, não menos famoso, mocotó com feijão branco e dobradinha, e a tradicional receita mexicana de chilli com carne. Sem esquecer ainda as receitas +, feitas com o aproveitamento de sobras de preparações com feijão, como os bolinhos de feijoada +, os bolinhos de feijão +, a sopa de feijão com macarrão + e o caldo de feijão com bacon +, dentre os já citados mais acima nesse artigo.
Não deixe de testar, saborear e avaliar todas essas gostosuras.
Sobre a autora: Luísa Mascarenhas. Nutricionista. CRN 26381
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Imagem de capa: Feijão preto e panela de barro. Acervo
Tarimba na Cozinha