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Voltar24/11/2021
Ho, ho, ho!!! O famoso sorriso do bom velhinho provavelmente se deve a uma tradição de dar água na boca, a ceia de Natal. Convenhamos, olhar aquela mesa farta, colorida é para fazer qualquer um sorrir. Ou melhor, gargalhar. A ceia é o imã que atrai familiares ao seu redor, promove reencontros de pessoas que vivem distantes. São primos, avôs, avós, tios, amigos, gente muito bacana e, claro, tem os chatos (quem não tem o famoso tio do “pavê ou pacumê" na família?). Mas é Natal, época em que a solidariedade graça entre nós, e uma das resultantes da solidariedade é a paciência com o próximo. Além dos reencontros, a ceia natalina traz outras memórias espetaculares, como o cheiro do peru assando tomando conta das casas e, consequentemente, de bairros inteiros. A espera ansiosa dos presentes e da algazarra promovida pela reunião de primos. Bom, nem todos os seres do mundo estão ansiosos por esse momento. O peru que o diga. Mas onde começou essa tradição tão agradável às nossas papilas gustativas? Voltemos no tempo.
Embora a ceia hoje esteja relacionada ao nascimento de Jesus Cristo, a verdade é que a origem dessa tradição nada tem a ver com a vinda ao mundo do Messias. Aliás, ela é anterior, inclusive, ao Império Romano. A ceia vem de uma tradição difundida pelos povos pagãos, que se reuniam para comemorar o solstício de inverno, ou seja, a noite mais longa do ano no hemisfério norte. E a gente sabe que, nesta época do ano, o frio por aquelas bandas é intenso, com queda de neve, inclusive. Calorias é o que não podia faltar pra essa gente. Talvez seja por isso que as ceias de hoje sejam assim tão fartas. Séculos mais tarde, já com a ceia incorporada à religião católica, os povos europeus passaram a deixar as portas de suas casas abertas nesta época do ano, para que os peregrinos e viajantes que por ali passassem pudessem entrar e se refestelar com a abundância de comida e com o calor humano dos donos da casa. A ceia se espalhou e hoje é uma tradição mundial para se comemorar o Natal, mas com versões diferentes em cada mesa.
A ceia no Brasil é um espelho do que é a miscigenação
de nosso povo. Na mesa, o que se vê é uma mistura de origens com receitas e ingredientes
vindos de Portugal (rabanada, bacalhau, castanhas e azeitonas), dos nativos
americanos (o peru e aparentados), dos alemães (a carne de porco), dos italianos
(o panetone, frutas secas e nozes) e um toque todo nosso que são as frutas da
estação. Em cada país temos um banquete que se diferencia do outro por inúmeras
razões, que vão do clima até a própria geografia, fatores que influem no tipo
de flora e fauna da região, o que é decisivo para a composição do cardápio natalino. É claro que hoje, com toda a tecnologia e logística disponível, é perfeitamente possível
fazer qualquer tipo de ceia em qualquer lugar do planeta. Mas para muitos
lugares a tradição ainda supera a modernidade, ou se mistura a ela em maior ou
menor grau.
Aqui na Tarimba na Cozinha já estamos completamente imbuídos
do espírito de Natal. O que não falta são receitas espetaculares que são explicadas
de um jeito simples (lembra dos seis passos?) e que vão fazer a alegria da sua família
(sim, inclusive do tio do pavê). Você tem duas opções de busca: por
ingrediente, na barra de procura superior (por exemplo, você digita peru
e vai ver todas as opções com este ingrediente), ou pode simplesmente ir na
barra de busca de receitas pelo nome, mais abaixo, e digitar ceia, o que vai levar você a uma
quantidade enorme de receitas de Natal. Mas não paramos por aí. A Tarimba na Cozinha
ainda tem receitas incríveis com aproveitamento das sobras da ceia para
continuar fazendo a alegria da sua família. Sim, incluindo aquele tio do pavê que
obviamente vai voltar pra aproveitar esses novos quitutes. Mas como dissemos, é
Natal, e afinal, ele pode ser chato, mas é gente boa.
Sobre o autor: Fábio Victória é publicitário e
cronista.
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Imagem: Tarimba na Cozinha